sábado, 5 de fevereiro de 2011

Being the rebel one.

Postado por: Caroline M. Rosemburg.

É incrível a capacidade que as pessoas tem de te julgar, de te condenar por cada ato, por cada palavra. Você nunca é bom o suficiente, você nunca é maduro o suficiente, você nunca é inteligente ou bonito o suficiente. Tudo que você faz sempre é uma merda e está errado. Tudo que você diz sempre é patético e imaturo. Tudo que você cria sempre é medíocre e sem fundamentos. Suas vontades sempre são fúteis ou inalcançáveis. Sua aparência sempre é 'over' demais ou 'down' demais. Será que por um segundo, uma porcaria de segundo, as pessoas podem parar de tentar fazer as outras serem exatamente iguais e as aceitarem como são? Desde quanto o fato de algo ser diferente do que você acredita ser certo o torna errado? Desde quando o incomum é errado? Desde quando o que não é natural é errado? Desde quando o considerado anti-ético é errado? Desde quando o considerado imoral é errado? Só porque alguns desocupados em algum lugar da história "decidiram" que são? Devemos simplesmente deixar que nos enfiem as coisas pela garganta sem sequer contestarmos? É essa a ideia de evolução? É essa a ideia de "século XXI" que tanto vem sendo jogada como merda no ventilador? Sinto muito, mas se VOCÊ compra isso, não espere que eu faça o mesmo.
Não peço que me entendam, e também não faço a menor questão disso. A única coisa que eu realmente desejo é que me respeitem, e que parem de me julgar, de julgar aos outros, de julgar a si mesmos. O fato de eu não encontrar um arco íris ao final de cada tempestade não faz de mim uma pseudo-depressiva. O fato de eu não gastar um sorriso para tudo o que me aconteça não faz de mim mau humorada. O fato de eu não conseguir ignorar as merdas que acontecem no mundo e seguir em frente rindo igual a uma palhaça para as coisas, não faz de mim uma rebelde-sem-causa. O fato de eu detestar o que é considerado bonito/legal pela massa não faz de mim uma 'wannabe' metida a outsider. Eu não estou tentando ser o que sou, não estou tentando sentir o que sinto. Será que por algum momento já te ocorreu que eu sou assim? Por algum momento já te ocorreu que quer te agrade ou não, essa é a minha essência e isso não vai mudar? Porque se não, então eu tenho más notícias pra você: desculpa mundo, mas eu sou assim, e não tenho planos de mudar por você.

NÃO EXISTEM VERDADES INCONTESTÁVEIS
OPEN YOUR MIND
BREAK THE CHAINS

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

sábado, 25 de dezembro de 2010

2010: The last view

Postado por: Caroline M. Rosemburg

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
(...)O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
(...)As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
(...)Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
(...)Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"

Fernando Pessoa.


Em vários aspectos o meu ano de 2010 não passou de uma cópia mal feita dos outros anos, mas, não posso ser injusta. Em quase todos os demais aspectos 2010 foi uma verdadeira revolução. Coisas que eu sempre quis fazer ou ter, eu fiz e tive. O que eu sempre quis ser, eu fui, sem me preocupar com a opinião alheia sobre meus atos e aparência.
De um modo geral, 2010 foi o melhor ano da minha vida, ainda que eu não me sinta realmente assim, porque minha nostalgia sempre me faz desejar o que ficou para trás, e isso é algo que não vai mudar. Mas em um balanço geral não tenho do que reclamar. Hoje posso dizer com toda certeza que tenho a minha volta as melhores pessoas; Sou uma pessoa melhor em todos os aspectos; Cresci imensamente; Abri os olhos para coisas que nunca imaginei enxergar, o que embora tenha me transformado em uma pessoa desiludida e com pouca compaixão, lavou de meu rosto a máscara de trouxa que por muito carreguei.

Ainda tenho uma semana, o que em relação ao restante do ano não significa absolutamente nada em questão de tempo, mas em toda minha experiência posso dizer que um dia somente é capaz de trazer transformações que um ano inteiro não conseguiu, então ainda me restam esperanças para essa última semana. Dia 1° estarei de volta. Torçam por mim.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

2010

o título dessa vez será diferente, mas não tira a mesma conotação de antes: sem um assunto, e criatividade, resumo-o sempre em datas ou horário.

Eu não teria palavras para descrever o peso deste ano na minha vida. Fatos como a realização do meu décimo oitavo ano, e a minha grande corrida rumo ao vestibular podem se destacar, mas não ter um peso maior como outras situações que ficarão marcadas em mim tanto fisicamente como psicologicamente. Tenho me afastado um pouco do blog, assim como tenho me afastado de muitas outras coisas que antigamente resumiam partes de mim. Eu já não sei o que serei daqui para frente, assim como também não sei se fui algo anteriormente.

Não tenho muito o que dizer.
E que venha tudo de novo em 2011. O mesmo ciclo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

The art about waste your life, ops, being normal.

Postado por: Caroline M. Rosemburg

"E o que seria 'prático'? Casar-se? Mudar-se para o subúrbio? Tornar-se uma adorável dona-de-casa, criando uma criança, temendo a Deus, imitando os heterossexuais? E para quê? Para que eu me torne outra alma morta, indo ao shopping, arrastando meus filhos para a escola e fazendo churrasco no quintal? HAHA. Essa é a morte deles. Não a minha." Brian Kinney- QAF


Deve ser a milésima vez que eu me utilizo desse quote do personagem Brian Kinney da série Queer as Folk nas últimas semanas.

Desde que eu resolvi criar um tipo de 'reviravolta' na minha vida, e mandar para o espaço tudo que já havia virado rotina, numa tentativa desesperada de buscar coisas novas e passar pelo menos 24 horas sem me mergulhar em tédio, eu andei absolutamente perdida, o que não é estranho no momento em que você olha em volta e não encontra nada daquilo que você estava acostumado a encontrar. Em alguns momentos confesso que tendi ao surto, e quase desisti de toda meu plano de dar f5 na minha vida para voltar atrás e trazer tudo de volta, ainda que isso significasse retornar a uma rotina de tédio e frustração, pelo simples acomodamento de ter algo "certo", por assim dizer. Mas a minha sorte é que minha cultura-não-naturalmente-adquirida me fez alguém em constante bipolaridade. Esse espírito de desistência que me assombrou algumas semanas atrás, se converteu em um espírito totalmente vanguardista, pronto para extrapolar todos os limites e atravessar todas as linhas. Hoje mais do que nunca eu tenho a certeza que só há um tipo de caminho certo para mim: o caminho desconhecido, ou a simples ausência de caminho.

Concluí finalmente que a existência do predestinado me dá asco. Não suporto saber que algo já está fadado a acontecer, ou que meu dia já fora completamente programado, ou ter certeza de quais serão as pessoas que eu encontrarei no meu dia e até qual programa nos restará para fazer. Basicamente, eu não vejo razão para lutar por uma vida que já está escrita. Eu preciso da incerteza, preciso do novo, preciso experimentar todos os dias, preciso conhecer mais todos os dias, tocar, beber, vestir, descobrir coisas novas diariamente.

Eu não me conformaria jamais em ter uma vida "padrão", igual a todas as outras, confinado a uma sequência lógica de acontecimentos que são facilmente decifrados por mim como:

1-nascer;
2-crescer metido a teen-rebelde;
3-arrumar uma namoradinho medíocre e jogar sua vida social no lixo por conta dele;
4-virar uma pessoa socialmente aceitável;
5-casar-se e ficar feia e gorda;
6-ter um casal de filhos catarrentos pelos quais você jogará sua sanidade fora;
7-ter um marido preguiçoso e ausente que não faz nada além de pagar suas contas;
8-ter um trabalho que você odeia só porque ele cobre seu cheque especial;
9-descobrir que seu filhos cresceram e se tornaram ingratos e estúpidos;
10-morrer frustrada.

Enfim. Talvez você me considere extremista, ou até mesmo louca, mas o fato é que tudo que eu já vi e vivi me faz crer que pensar desse modo apenas me torna realista. E bem, voltando a citação do início do post, só tenho algo mais a dizer:

"Essa é a morte deles. Não a minha."

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sentimental-machine symptoms

Postado por: Caroline Morais Rosemburg.

É incrível como ainda depois de 16/5 longos anos de vida(sim, isso foi uma ironia) eu ainda consigo descobrir uma coisa nova sobre mim com frequência. Hoje, por exemplo, durante meu exercício diário de me auto-analisar(porque analisar somente as pessoas não é suficiente, ok?) eu descobri que tenho uma capacidade interessante, que é de conseguir ter o mesmo sentimento sobre várias pessoas ao mesmo tempo. Isso pode parecer familiar, mas eu não estou dizendo de sentimentos que possam ser generalizados, como amizade, carinho, ódio e afins; estou dizendo sentimentos mais complexos, ou melhor dizendo, mesclas deles, como por exemplo o sentimento de "atração+desprezo+carinho+compatibilidade+incompatibilidade+pena". Como podem todos esses sentimentos, em sua maioria antônimos, conviverem juntos ao mesmo tempo? Bem, eu não sei, só sei que eu consigo fazer isso, e o melhor, por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Incrível, não?
Se é ou não algo invejável, cabe a você julgar, mas o que posso dizer é que muitas vezes torna-se algo completamente estúpido, e pronto para confundir sua cabeça o quanto puder, porque essa "capacidade jedi" causa aquele no qual eu considero um dos sentimentos mais desprezíveis existentes: a dúvida. Eu odeio ter dúvidas, principalmente porque em geral quando eu consigo sanar uma delas, a resposta quase sempre traz consigo a porcaria da FRUSTRAÇÃO: o sentimento desprezível de número 2 no meu ranking.
Enfim. Nada além de uma nova constatação sobre essa pessoa, ou melhor dizendo, essa "máquina sentimental" que vos escreve.
Até a próxima, com mais lamuriações, constatações, ou até quem sabe uma boa notícia.

xoxo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dreams, illusions, lies, and a little piece of happiness

Postado por: Caroline Morais Rosemburg

"Ao mesmo tempo que a realidade é uma fábula, simulações e enganos são considerados como as verdades mais sólidas. Se os homens se detivessem a observar apenas as realidades, e não se permitissem ser enganados, a vida, comparada com as coisas que conhecemos, seria como um conto de fadas ou as histórias das Mil e Uma Noites.
Se respeitássemos apenas o que é inevitável e tem direito a ser, a música e a poesia ressoariam pelas ruas fora. Quando somos calmos e sábios, percebemos que só as coisas grandes e dignas têm existência permanente e absoluta, que os pequenos medos e os pequenos prazeres não passam de sombra da realidade, o que é sempre estimulante e sublime. Por fecharem os olhos e dormirem, por consentirem ser enganados pelas aparências, os homens em toda a parte estabelecem e confinam as suas vidas diárias de rotina e hábito em cima de fundações puramente ilusórias."

Henry David Thoreau, in 'Walden'


Desde meu último post, nada mudou, além do fato de algumas ilusões terem se convertido em desilusões, e alguns sonhos terem se convertido em realidade. Como é estranha a sensação de quando algo pelo qual você não espera acontece, principalmente quando em simultâneo algo pelo qual você espera não acontece; é um turbilhão de sentimentos indefiníveis, embora alguns exemplificáveis, como surpresa e decepção, além é claro de meu fiel companheiro, o sentimento de "no fundo você sabia, mas relutou covardemente em acreditar", que quando acompanha as boas situações é um sentimento extremamente bem vindo, mas ao acompanhar as ruins não é nada mais que uma, ou 'mais uma' adaga bem cravada no peito.

Além desses sentimentos advindos de situações paralelas, agora eu também carrego uma imensa responsabilidade e mais uma incerteza para meu 'porão' cerebral: a segunda fase da UFG. Não é o curso que eu queria, na verdade, esse é um daqueles cursos que sempre estiveram na minha lista "NO FUCKING WAY", mas apesar disso fico feliz, não por estar fazendo o 'meu' curso, porque estou longe disso, mas aquela pontinha de orgulho queimou acariciando meu ego, e acariciá-lo é uma das coisas que mais faz com que eu me sinta extremamente bem (baixa auto estima nos torna medíocres, fato). Enfim, tudo o que me resta é tentar manter o pouco de sanidade que me resta e não permitir que essas situações à parte possam vir a intervir negativamente no meu desempenho. No mais, espero voltar em breve com mais boas notícias e menos lamuriações.

"I’m just a dreamer
I dream my life away
I’m just a dreamer
Who dreams of better days"

Dreamer - Ozzy Osbourne